Enquanto forças militares avançam rumo ao Corredor de Afgooye, região
da Somália com enorme concentração populacional, o Coordenador
Humanitário da ONU para o país, Mark Bowden, reiterou hoje (23/05) seu
pedido por esforços para minimizar o impacto dos conflitos sobre civis.
“Por enquanto, não temos notícias de movimentos significativos de
pessoas saindo do corredor”, disse Bowden. “Entretanto, ainda
preocupo-me que uma intensificação no conflito ou uma operação
prolongada possa levar ao deslocamento, forçando ainda mais a capacidade
dos assentamentos e das comunidades de acolhimento em Mogadíscio ou
afastando as pessoas da ajuda vital que requerem.”
De acordo com comunicado de 16 de maio da Missão da União Africana na
Somália (AMISOM), apoiada pela ONU, Afgooye tem sido por um longo tempo
reduto de insurgentes Al Shabaab e é um entroncamento estratégico para
as rotas que levam ao Norte, Oeste e Sul da Somália. A AMISOM informou
que, na Operação Shabelle Livre, suas forças e o Exército Nacional da
Somália avançaram significativamente rumo à cidade de Afgooye para levar
segurança a 400 mil pessoas que estão no Corredor.
“Mantendo-se estritamente neutros e independentes dos processos
políticos e militares, agentes humanitários estão coordenando os
preparativos para garantir que a assistência imediata esteja disponível
para os civis mais afetados pelas atividades militares no Corredor”,
acrescentou Bowden.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário aqui.